sexta-feira, 1 de julho de 2011

O MITO DA GRANDE OPORTUNIDADE


Existem pessoas que vivem a expectativa de uma grande oportunidade; as tais postam-se em permanente estado de alerta para não perderem a grande chance. A ideologia da oportunidade é universal, porque de maneira geral,no mundo inteiro parece haver um consenso de que as pessoas "bem sucedidas" são aquelas que souberam aproveitar a grande oportunidade; ao passo que as pessoas consideradas "fracassadas" seriam aquelas que não estiveram frente a frente com alguma oportunidade ou desperdiçaram-na. A nossa sociedade acredita firmemente nessa crença. Nada mais parece atrofiar e emperrar tanto o fluxo da vida do que essa fantasia da grande oportunidade. Digo isto fundamentado em tres razões: Primeiro, por se tratar de uma visão reducionista que não enxerga a vida como sendo uma ampla e contínua oportunidade, restrigindo-a a um ponto isolado, supervalorizando-o em relações a tantas outras dimensões importantes da vida. Nessa questão está também imbutida a problemática da noção de oportunidade como coisa dada e não como algo construido.
A segunda, a ansiedade por uma grande oportunidade torna o individuo suscetível às armadilhas.Isso sugere pensar que nem tudo o que parece ser uma grande oportunidade na verdade, o é.
A terceira, as buscas por uma grande oportunidade se inspiram menos no coração e mais no conceito ideológico que a opinião social dominante fixa sobre prazer, sucesso e felicidade.
As pessoas que experimentam a excelência da vida não têm porque esperar a suposta grande oportunidade. A idéia de uma grande oportunidade que se deve aguardar na vida consiste na degradação da verdade em mentira - tudo indica que as idéias das chances imperdíveis têm tudo a ver com fontes mentirosas.
A nossa vocação para a vida não deve subordinar-se as perdas. A vida toda é uma fonte inesgotável de riquezas em que se pode construir a partir das alianças e das adversidades. No entanto isso só será possivel para aqueles que respiram e vivem intensamente DEUS. Os que abrem a alma para viver Jesus como uma paixão, aqueles que por revelação situam o Eterno no centro dos acontecimentos e da Sua perfeita vontade.